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‘Bola da vez’ é máquina do Cristo Rei



Mais um caixa-eletrônico foi arrombando neste fim de semana na Grande Cuiabá. Desta vez, o alvo foi o caixa do Banco do Brasil instalado num supermercado do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Ontem de madrugada, eles invadiram o prédio pelo telhado, nos fundos, e tiveram acesso ao caixa onde usaram um maçarico para abrir o aparelho e chegar às gavetas com o dinheiro - entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Os ladrões se deram ao luxo de deixar o maçarico e outras ferramentas no local. O assalto foi percebido ontem de manhã, por funcionários que chegaram para trabalhar.

O caixa está instalado nos fundos do supermercado, o que não impediu os ladrões de agirem. “Pode ser na frente, atrás ou de lado. Não existem obstáculos para os bandidos”, observou um policial que participa das investigações.

O cheiro forte de queimado denunciava a ação dos bandidos e tem incomodado as redes de supermercado, pois os arrombamentos deixam os proprietários de estabelecimentos comerciais vulneráreis. “Por enquanto, os ladrões só acharam de atacar os caixas-eletrônicos”, disse um gerente de uma rede de supermercados.

No entendimento da polícia, passa a ser lucrativo o arrombamento de caixas, uma vez que conseguem roubar entre R$ 100 mil a R$ 200 mil, mas esse valor nunca é confirmado pelas instituições financeiras. No mês passado, um dos participantes do esquema disse que os ladrões levaram R$ 90 mil e dividiram entre vários integrantes. “Eu mesmo fiquei com R$ 2.500, o que é pouco diante do que levaram”, disse o rapaz, que ficou encarregado de levar o maçarico até o local onde estava instalado o caixa.

Somente neste ano, são 27 caixas arrombados em todo o Estado, sendo 19 na Grande Cuiabá. Caixas do Banco do Brasil são a maioria e dos 19 caixas, nove estavam instalados em supermercados na Grande Cuiabá. Num estabelecimento do CPA II, os ladrões atacaram três vezes, sendo que arrombaram nas duas últimas vezes. Para sorte da empresa, estava instalado num quiosque no setor externo e, com isso, os bandidos não tiveram acesso à loja.

Segundo policiais do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os assaltos reiniciaram após integrantes de uma quadrilha especializada nesse tipo de crime terem sido colocados em liberdade. “Pode ser coincidência ou não, mas não acreditamos que seja coincidência”, disse um policial que participa das investigações. Ontem de manhã, o delegado Luciano Inácio, titular do GCCO, colocou uma equipe para atuar no caso.